A propósito da lei discutida e aprovada na generalidade na A.R., vale a pena citar e conhecer os seguintes postais no Small Brother:
I.
«Manual de instruções para crimes banais
"A proposta de lei anti-tabaco que o Parlamento discute amanhã na generalidade poderá obrigar os proprietários dos cafés e restaurantes com menos de cem metros quadrados a denunciar os clientes fumadores. De acordo com a proposta de lei caberá ao proprietário do estabelecimento 'chamar as autoridades administrativas ou policiais, as quais devem lavrar o respectivo auto de notícia'. Por seu lado, os restantes utentes dos serviços que defendam o cumprimento da lei e se deparem com a sua infracção, poderão apresentar 'queixa por escrito, circunstanciada, usando para o efeito, nomeadamente, o livro de reclamações disponível no estabelecimento em causa'." Público Última Hora.
Nos tempos presentes, em que se nota uma encarecida vontade do nosso estado em trazer de volta o passado e promover a herói nacional e a cidadão modelo da república o bufo, fica a minha sugestão de combate à eminente entrada em vigor da lei que se anuncia, nomeadamente pelos proprietários de estabelecimentos que não estejam dispostos a perder clientes num espaço que desejam que se mantenha aberto a fumadores:
1. Telefonar para a polícia, pedindo a identificação do agente que o atende ao telefone.
2. Anunciar que se encontra alguém a fumar no estabelecimento e que se pretende que um polícia se desloque ao local e tome conta da ocorrência, de modo a ilibar a sua responsabilidade no facto.
3. Aguardar a chegada da polícia.
4. Quando esta chegar, dizer que quem estava a fumar já se foi embora.
5. Repetir de meia em meia hora, ou com a periodicidade que se achar conveniente.
6. Se a polícia não aparecer, dirigir-se à esquadra e apresentar queixa de quem o atendeu, dizendo que não foram tomadas as iniciativas necessárias a evitar que o comportamento faltoso continuasse, e a ilibar o comerciante da sua responsabilidade.
Deste modo, ficam salvaguardadas as possíveis queixas no livro de reclamações: afinal, foi feita a devida denúncia. Além disso, se alguém for apresentado em flagrante, o proprietário poderá alegar que as suas queixas são sucessivamente ignoradas, e que nada pode fazer para de outro modo impedir o comportamento.
Recomenda-se portanto a primeira denúncia logo após a abertura.
Publicada por JLP»
(destaque a vermelho nosso)
II.
«Dúvida do dia, alimentada pelo último artigo do Carlos
Vai-se poder fumar tabaco nas salas de chuto?
Publicada por JLP»
III.
«Tá male... Male, male, male!
Se há algo que me continua a surpreender na mentalidade progressista é a noção de que todos os males do mundo se resolvem através de mudanças legislativas. Não importa o sentido da mudança, importa é mudar. Legaliza-se o aborto, proíbem-se os símbolos religiosos, criam-se salas de chuto, proíbe-se o tabaco, legalizam-se as drogas leves, legaliza-se a prostituição,... Tiram-se as grávidas dos vãos de escada, atiram-se para lá os fumadores.Se é proibido, legaliza-se. Se é legal, proíbe-se. Legaliza-se em nome da liberdade, proíbe-se em nome da segurança e bons costumes. Não se vislumbra qualquer coerência ideológica na mentalidade progressista, o que importa é mudar.
Publicada por Engº Técnico Carlos Guimarães Pinto»
sexta-feira, 4 de maio de 2007
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