Deveria ter temperado a respectiva militância com um pouco de bom senso. Introduzir neste tema, em que se denunciam situações em que as mulheres são vítimas, estatísticas relativas a casos em que as mulheres se apresentam como carrascos* só pode ser contraproducente,
e injusto.
E tinha muito por onde escolher... basta lembrar o tema da violência doméstica, que continua a
grassar por este triste país, ou o do tráfico de mulheres, bem visível um pouco por todo o lado.
P.S.*
1- Lido no GLQL:
«MIAMI (AP) -- A premature baby that doctors say spent less time in the womb than any other surviving infant is to be released from a Florida hospital Tuesday. Amillia Sonja Taylor was just 9 1/2 inches long and weighed less than 10 ounces when she was born Oct. 24. She was delivered 21 weeks and six days after conception. Full-term births come after 37 to 40 weeks.»
«An Italian judge ordered a 13 year old girl from Torino to abort her unborn child because her parents were opposed to the baby.
The shocking story was brought into light by Italian newspaper La Stampa in which the paper reports that the girl didn't want to abort the baby but had to after the ruling.
She then had to receive treatment after telling her parents she was going to attempt a suicide.»
Nota: Nada impede que em Portugal esta questão possa vir colocar-se. A pergunta do referendo mencionava a decisão da mulher... ora, quem decide pela mulher grávida menor de idade? O Tribunal, naturalmente que, em última análise, estando lberalizada a opção do aborto, poderá mesmo vir a impô-la.
*2 - Hesitei antes de usar o termo carrasco, que poderia ferir a sensibilidade de algum leitor. Não é a minha intenção. Recordo que, ao contrário do criminoso, o carrasco é aquele que mata dentro da lei, aplicando-a. Aliás, os mais literatos não desconhecerão as fantásticas páginas que um outro defensor da vida, insigne e incansável, Victor Hugo, escreveu (n'Os Miseráveis) a propósito dessa actividade…
Ao decidir (uma sentença, de morte) e ao executar essa morte do ser que transporta no ventre, a mulher grávida que aborta assume a dupla qualidade de tribunal e de carrasco.
Não são as palavras que são feias…
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