tag:blogger.com,1999:blog-21112715.post115288142738202629..comments2023-05-07T13:20:31.330+01:00Comments on Cruz Advogados - blawg: A indignação «asmática»Pedro Cruzhttp://www.blogger.com/profile/17721506172345828763noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-21112715.post-1153229351595707572006-07-18T14:29:00.000+01:002006-07-18T14:29:00.000+01:00V. tem razão.E, paradoxalmente, não tem.Explico.Um...V. tem razão.<BR/>E, paradoxalmente, não tem.<BR/>Explico.<BR/>Um Juiz, que não interessa saber quem é, fez asneira.<BR/>Asneira, segundo do Dicionário Houassis da Língua Portuguesa, significa acto ou dito tolo ou impensado e provem etimologicamente de asno+-eira.<BR/>Um Juiz, sem margem para qualquer dúvida, praticou um acto tolo e impensado.<BR/>Fez asneira.<BR/>Um Advogado, que igualmente não interessa saber quem é, também tinha feito asneira.<BR/>E grossa e rotunda asneira.<BR/>Vem o Conselho Superior de Magistratura e também faz asneira.<BR/>E, não satisfeito, vem o Conselho Distrital do Porto da Ordem dos Advogados, que, para não se ficar por burro, também faz asneira.<BR/>Onde tem razão?<BR/>Tem razão quando afirma que esta asneira de um Juiz não justificava de modo nenhum a muito maior asneira da reacção, absolutamente excessiva e completamente despropositada, com laivos de mesquinha e torpe vingança.<BR/>A mim, que sou Advogado, envergonha-me essa atitude.<BR/>Envergonha-me - e estou, neste aspecto, inteiramente consigo - que alguém se permita<BR/>dar a um incidente absolutamente menor e completamente insignificante, um relevo público desta intensidade, com sérios prejuízos para o bom nome profissional e dignidade pessoal quer do Juiz, quer do Advogado.<BR/>Certamente que nem um, nem outro, mereciam tal tratamento.<BR/>Onde não tem razão?<BR/>Não tem razão, desde logo, quando afirma que ao Advogado cabia o direito a participar disciplinarmente do Juiz.<BR/>No meu modo de ver a vida (que não é apenas feita de regras legais) ao Advogado cabia o direito a escrever ao Juiz a manifestar-lhe que se considerava ofendido na sua honra e consideração pela utilização da tal expressão e a pedir-lhe satisfações.<BR/>A seguir, ao Juiz cabia o dever de lhe apresentar desculpas e ao Advogado o dever de as aceitar.<BR/>Ao Advogado só cabia o direito à participação disciplinar se essas satisfações não fossem efectivamente prestadas.<BR/>Há, nos nossos dias, uma verdadeira sanha por participações e processos.<BR/>Há processos porque sim e há processos porque não.<BR/>É inacreditável.<BR/>Parece que já ninguém é capaz de resolver nada como cavalheiros.<BR/>Depois, não tem razão, porque, face à lamentável participação disciplinar e ao subsequente procedimento que se lhe seguiu, não vejo como é que as satisfações dadas pelo Juiz no seu âmbito possam conduzir ao respectivo arquivamento.<BR/>Se são verdadeiros os factos, se foi efectivamente violada uma regra de comportamento, tal circunstância só pode servir para diminuir a culpa, mas nunca para a excluir.<BR/>Também lhe digo que, se estivesse no lugar do Juiz e um Advogado se permitisse participar disciplinarmente de mim por tal motivo, sem previamente me pedir satisfações, também não lhe daria as explicações no processo disciplinar.<BR/>Teimaria, como asno, que o tal argumento era efectivamente asnático – como parece que é – explicando e justificando as razões da utilização do adjectivo.<BR/>Depois lá viria a sanção.<BR/>Sabe o que mais? Tudo isto é uma asneira do princípio ao fim.<BR/>Uma verdadeira e lamentável asneira.<BR/>Logo a propósito de asininos, bichos de que tanto gosto.Anonymousnoreply@blogger.com